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  • Foto do escritorUnicamp Esclarece Covid19

Sequelas da COVID-19

Convidamos a Profa. Luciana Castilho de Figueiredo da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP para esclarecer algumas dúvidas sobre as possíveis sequelas que a COVID-19 pode deixar.


Quais são as sequelas mais comuns?


Podemos dividir em dois tipos mais comuns de sequelas, a transitória, ou seja aquela que é reversível em poucas semanas e a persistente que permanecem por meses ou não desaparecem. Ainda existem poucos estudos com dados consolidados e volumosos para falarmos das características de uma Síndrome pós COVID e quais as sequelas que ficarão presentes a longo prazo.

A mais comum é a osnomia, ou seja, a perda do olfato e paladar que os achados dizem que retorna em poucas semanas. Porém, existem outras que são mais persistentes de necessitam inclusive reabilitação, dependendo da intensidade.

A fadiga (falta de ar aos pequenos esforços) pode ser leve ou até grave, dependendo do forma que evoluiu a intensa reação inflamatória que a doença provoca.

A falta de ar está relacionada com a instalação de fibrose no tecido pulmonar e áreas de embolias que comprometem as trocas gasosas e consequentemente diminui a capacidade respiratória.

Dores musculares intensas também são relatadas e acabam gerando a inatividade o que faz com que o pacientes perca massa muscular e desenvolva uma fraqueza importante que, muitas vezes, torna-se necessário um acompanhamento nutricional associado a reabilitação motora.

Existem relatos de sequelas neurológica que inclui a permanência de uma dor de cabeça intensa que pode estar relacionada ao grau da encefalite que foi desenvolvida durante a doença e o Acidente Vascular Encefálico (AVC) que está relacionado ao aumento da coagulação do sangue.


Se meu quadro foi brando, mesmo assim posso ter sequelas?


Sim, os estudos demonstram que mesmo em casos brandos, as sequelas podem aparecer, como por exemplo a osnomia.


Após quanto tempo de curado ainda podem aparecer sequelas?


Ainda não temos dados suficientes para estabelecermos um tempo quanto a permanência de sequelas que possam ser revertidas.

Alguns estudos estão analisando o tempo de permanência destas sequelas, mas ainda sem um resultado definitivo.

O que estamos vendo na literatura e em nosso serviço de fisioterapia no HC/Unicamp é que aa sequelas classificadas como permanentes estão presentes em pacientes que permaneceram por um longo período de internação hospitalar, principalmente em UTI.





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