O regime de quarentena limita diversos setores da sociedade: instituições educacionais, comércios, centros de lazer, entre outros.
A fim de esclarecer algumas dúvidas sobre a logística no contexto da quarentena, convidamos Selma Isa, pesquisadora do LALT (Laboratório de Aprendizagem em Logística e Transporte) da Faculdade de Engenharia Civil da Unicamp.
Os serviços drive thru são mais seguros? E o Delivery?
Considerando que a contaminação pelo vírus Covid-19 é predominantemente através da aspiração do vírus transmitido por gotículas de saliva, tosse, espirros e pela autoinfecção depois do contato com áreas contaminadas, ao se evitar o contato com outras pessoas, o risco de exposição diminui. Então, os serviços como o drive thru, a entrega nas residências ou ainda os smart lockers são sim opções para diminuir o risco, pois diminuem o contato físico entre as pessoas.
Caso tenham interesse em saber mais sobre smart lockers, acabei de publicar um texto no blog do CLUB Logística e Mobilidade (http://www.logistica.club/2020/07/02/smart-lockers-uma-ajuda-na-entrega-do-e-commerce/)
Rodízio é eficiente para limitar a propagação do vírus?
O objetivo do rodízio veicular é diminuir o número de veículos circulando em áreas delimitadas. Para casos onde a pessoa migra do veículo particular para o transporte público, o rodízio acaba aumentando o risco de contágio, uma vez que tem indicativos que o transporte público, no Brasil não consegue garantir as recomendações de distanciamento seguro.
Como a pandemia afeta o abastecimento de insumos? Devo fazer estoque em casa?
A prática no mundo todo, e também no Brasil, foram ações tentando garantir que as cadeias de suprimentos não fossem restringidas, ou seja, os veículos com carga estavam liberados para circular, exatamente para garantir que o abastecimento de mercadorias não fosse afetado. Com relação a fazer estoques, não há necessidade para isso. As indústrias e o comércio essencial nunca parou, então faltas de produto no mercado são casos isolados. Lembrando do início da pandemia, a corrida para compras do álcool em gel fez com que o produto realmente evaporasse das prateleiras, além de inflacionar o preço. Passado um período, a oferta começou a se estabilizar, ou seja, não havia necessidade para desespero, pois o próprio mercado acaba oferecendo alternativas para os produtos em falta até a indústria conseguir repor os estoques nos mercados.
Para saber mais sobre logística, acesse a página CLUB - Logística & Mobilidade:
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