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  • Foto do escritorUnicamp Esclarece Covid19

Curva da pandemia: por que o pico nunca chega?

Vemos diariamente na mídia notícias sobre "a curva da pandemia" e naturalmente algumas dúvidas acabam surgindo. Convidamos o Prof. Dr. Paulo J. S. Silva, do Instituto de Matemática Estatística e Computação Científica (IMECC) da Unicamp, para esclarecer algumas das questões mais frequentes sobre o tema.


Como as curvas da pandemia do novo coronavírus são construídas?


Existem modelos matemáticos para estudar a evolução de epidemias. Esses modelos separam a população em classes, como os suscetíveis à infecção, os contaminados e os recuperados. No caso da COVID-19, é importante também considerar os infectados assintomáticos.

Os modelos matemáticos dependem de quantidades que caracterizam a doença, como a taxa de contágio, a duração média para a recuperação, taxa de letalidade, entre outros.

Usando os dados de casos confirmados, podemos ajustar os modelos matemáticos à realidade da epidemia no Brasil e assim predizer a evolução do número de infectados e recuperados, pelo menos para um período curto.


O que significa o pico da curva? Qual a importância de “achatá-la”?


Normalmente se fala do pico do número de doentes. Ele representa a proporção máxima de pessoas doentes em um população em um certo instante do tempo. Assim se dizemos que o pico será de 8%, isso quer dizer que 8% da população estará doente ao mesmo tempo no pior dia da epidemia.

Ao achatar o pico garantimos que no pior momento uma proporção menor de pessoas estará doente, garantindo a capacidade do sistema de saúde atendê-las.


Desde o início dos casos de Covid-19 no Brasil, vemos os cientistas e autoridades da área da saúde fazendo uma previsão sobre quando ocorrerá o pico da curva. Porém, essa previsão muda com uma certa frequência. O que explica isso? Por que o pico nunca chega?


Ele não chega porque as estratégias de isolamento social está freando a doença. Com o isolamento diminuímos a velocidade de propagação do vírus. Isso tem dois efeitos "achatar o pico" mas também postergá-lo.

Quanto mais devagar as pessoas ficam doentes, mais demorará para o pico chegar.




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