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  • Foto do escritorUnicamp Esclarece Covid19

Cuidados com a saúde mental durante a quarentena

A Dra. Tânia Maron Vichi Freire de Mello, que é psiquiatra e Coordenadora do Serviço de Assistência Psicológica e Psiquiátrica ao Estudante (SAPPE) da Unicamp, respondeu algumas perguntas sobre os cuidados com a saúde mental durante o período de quarentena.



Como identificar/perceber se uma pessoa precisa de suporte psicológico?

Que cuidados podemos tomar para prevenir um problema psicológico mais sério?


Para identificar a necessidade de apoio psicológico, é importante identificar sinais de sofrimento psíquico. Para isso é interessante comparar o sujeito, não somente a um suposto padrão de normalidade, mas a ele mesmo, em diferentes situações. Então, mudanças de comportamento podem ser um indicativo. Irritabilidade, agressividade, isolamento, crises de choro frequentes, oscilações muito frequentes de humor, mudanças de padrão de hábitos na alimentação, consumo de álcool, tabaco e outras substâncias psicoativas, hábitos de sono, queda no rendimento acadêmico, dificuldades para realizar tarefas que antes eram realizadas com menor esforço, mudanças nos hábitos de higiene e cuidado pessoal, entre outros.

Na pandemia, sem o convívio pessoal e rotineiro, torna-se mais difícil perceber alguns desses indícios, então deve-se dar mais atenção ao conteúdo de postagens e conversas online. Lembrando também que na pandemia, houve um processo de adaptação para todos, com algumas dificuldades na concentração, rendimento e é importante avaliar o impacto disso em cada sujeito.

A detecção precoce e procura de ajuda é fundamental na prevenção do agravamento do sofrimento psíquico e, consequentemente, do surgimento de problemas e crises mais sérias.


O que é possível fazer para diminuir a ansiedade do isolamento?


No isolamento, é importante manter contato com pessoas com as quais se tem relação afetiva, manter uma rotina de atividades acadêmicas e de lazer, alimentação em horários regulares, tomar sol diariamente, por pelo menos 15 minutos. Se houver espaço, alguma atividade física ou alongamento. Esforçar-se para manter o sono em horários os mais regulares possíveis.

É importante também ter em mente que a situação é de exceção. No caso da situação de escolas e universidades, é importante ajustar expectativas. Houve mudança do modo de ensino presencial para EAD, então isso exige um período de adaptação e é natural que o rendimento não seja o mesmo imediatamente.


O que é possível fazer para ajudar alguém que esteja sofrendo de ansiedade neste momento?


Ao perceber que alguém próximo está em sofrimento, é importante oferecer espaço para que a pessoa possa falar. Mostrar preocupação não é invasivo. Perguntas do tipo "Percebi que você parece triste" ou " Você tem se ausentado das aulas/ conversas/encontros, está tudo bem?", demonstram interesse e preocupação. Perguntas como "Há algo que posso fazer para ajudar?" também são de muito valor. Aí é importante saber para onde encaminhar.

Na Unicamp temos o SAPPE, que oferece assistência para os estudantes da universidade, além de orientações para situações assim.

No período de pandemia há atendimentos online, que podem ser agendados via email: sappeass@unicamp.br ou plantões presenciais, que estão ocorrendo excepcionalmente no prédio do CECOM, na sala 21, entrada pela Odontologia, diariamente, das 11h às 14h.






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